Edição: 1ª Edição
Autor: Cláudio Jannotti Da Rocha (Organizador) | Lorena Vasconcelos Porto (Organizador)
Acabamento: Brochura
ISBN: 9786587684208
Data de Publicação: 15/09/2020
Formato: 21 x 14 x 1 cm
Páginas: 258
Peso: 0.314kg
Sinopse
Este livro tem em seu título o vocábulo trabalho. Ah, esse termo tão comum, corriqueiro, cotidiano, debatido, confundido, difundido, guerreado; alegria de uns, tristeza de outros.
No sistema capitalista, o trabalho pode significar a dignidade da pessoa que tem apenas a si para oferecer enquanto força produtiva, a fim de angariar algum valor em contraprestação.
Normalmente, o trabalho é imediatamente vinculado ao seu aspecto econômico, tratado como instrumento mediador do atendimento de necessidades básicas e de geração de renda ou riqueza. Mas também possui seu viés filosófico, enquanto formador e conformador de consciências, realidades e relações.
O conceito de trabalho em Hegel, a propósito, se dá a partir do problema específico do sistema de carecimentos. Ele exercita função precípua para a solução de problemas de ordem econômica; mas, para além disso, não recusa uma dimensão formadora que transcende o âmbito das relações de produção (HEGEL, 2010). O trabalho surge na vida de uma pessoa muito cedo. Pra ela nascer, a mãe deve entrar em trabalho de parto. A mãe depois costuma reclamar: essa criança dá muito trabalho. Desde a infância, a criança tem tarefas escolares a realizar, como deveres de casa, maquetes, pesquisas, registros fotográficos. Este mesmo trabalho que desafia reclamações por parte dos pequenos, traz em si o condão de permitir às crianças que tomem conhecimento do mundo, aprendam a ler, a escrever, a compreender, a criticar e a se desenvolverem. E, ainda, trabalho pode expressar um ritual religioso, que na umbanda, no candomblé e na kimbanda busca atingir objetivos no amor, na saúde e nas finanças.
São inúmeros seus sentidos, mas em qualquer deles percebe-se que o trabalho aparece como importante instrumento de mediação entre a pessoa e a natureza e as pessoas entre si. Trata-se do que Hegel (1974) descreveu como a articulação do em-si (o subjetivo), do para-outro (o objetivo) e do em-e-para-si (o reconhecimento do subjetivo no objetivo).
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
PREFÁCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
APRESENTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
SOCIEDADE, CULTURA E TRABALHO DIGNO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
A DEPENDÊNCIA ECONÔMICA COMO CRITÉRIO IDENTIFI- CADOR DA RELAÇÃO DE EMPREGO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
AS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS E O MEIO AMBIENTE DO TRABALHO: REFLEXÕES, ANÁLISES, COMPARAÇÕES E OS FUNDAMENTOS DO DIREITO DO TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
A TUTELA JURÍDICA DO CROWDWORK E DO TRABALHO ON- -DEMAND NO DIREITO BRASILEIRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
O TELETRABALHO E SUAS MÚLTIPLAS DIMENSÕES: ANÁLISES E REFLEXÕES NECESSÁRIAS NO DIREITO BRASILEIRO E NO DIREITO COMPARADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
INDÚSTRIA DA NAVEGAÇÃO 4.0 E OS NAVIOS AUTÔNOMOS. UMA PERSPECTIVA PARA O FUTURO DO TRABALHO MARÍTIMO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
A TERCEIRIZAÇÃO PÓS-REFORMA TRABALHISTA . . . . . . . . . . . . . . . 133
PARA ALÉM DO EMPREGO: OS CAMINHOS DE UMA VERDADEIRA REFORMA DO DIREITO DO TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
A DESCONEXÃO DOS TRABALHADORES: DIREITO OU DEVER? . . 179 CROWDWORK, TRABAJO EN FUNCIÓN DE LA DEMANDA VÍA APP Y TRABAJO DECENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 206
OS EMPREGADOS DAS PLATAFORMAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230
EPÍLOGO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244