Edição: 1ª Edição
Autor: João Augusto Bertuol Figueiró | Danyella de Melo Santos | Renério Fráguas Júnior
Acabamento: Brochura
ISBN: 9788538802761
Data de Publicação: 25/09/2012
Formato: 25 x 17 x 2 cm
Páginas: 188
Peso: 0.35kg
Sinopse
Dor é um grave problema de saúde pública, afetando mais da metade da população. Além de será principal causa de sofrimento e incapacidade, a dor é responsável pela maioria dos atendimentos do sistema de saúde, acarretando graves repercussões psicossociais e econômicas. Registros gráficos da pré-história e os vários documentos escritos ulteriormente indicam que o homem sempre procurou esclarecer as causas da dor e como tratá-la.
Depressão, ao longo da vida, acomete aproximadamente uma em em cada cinco mulheres e um em cada sete homens. Segundo a Organização Mundial de saúde, é o transtorno de saúde que mais acarreta anos perdidos por doenças. Descrita desde os primórdios da evolução médica, denominada melancolia por Hipócrates,a depressão também tem instigado o interesse cientifico, tanto para esclarecer suas causas como para o seu tratamento.
Depressão e dor são comorbidades frequentes. Aproximadamente metade dos pacientes com dor crônica apresenta transtorno depressivo maior (TDM) e, dentre aqueles com TDM, até 60% podem apresentar dor.
Além disso, quando associadas, depressão e dor causam um impacto negativo à sociedade, acarretando um custo significativamente maior de tratamento, menor produtividade e maior número de faltas no trabalho.
Condições médicas não psiquiátricas apresentam elevada associação com dor e depressão. A comorbidade dor e depressão é complexa; peculiaridades existem em função de aspectos de personalidade, sociais, culturais e em particular decorrentes da condição médica não psiquiátrica associada.
Neste contexto, nesse livro procuramos aprofundar o conhecimento sobre as peculiaridades das comorbidades dor e depressão em função da condição médica não psiquiátrica associada.
Para tanto, selecionamos tópicos centrais e convidamos profissionais com experiência clínica e/ou científica para desenvolver cada capítulo. Sempre que possível, a contribuição foi multidisciplinar, incluindo um profissional com formação específica em aspectos psiquiátricos e/ou psicológicos e um profissional com formação voltada para a condição médica não psiquiátrica.
Desde modo, ao longo do livro, o leitor terá acesso a uma visão integrada da condição médica não psiquiátrica, dolorosa e depressiva, como sintetizamos a seguir.
Embora a dor possa causar sofrimento e esse cronicamente aumentar o risco para a depressão, a depressão pode ocorrer em função de outros fatores no paciente com dor e uma condição não psiquiátrica. Ilustrando esta situação, no capítulo Depressão e Dor Oncológica os autores descrevem a relevância de se considerar o interferon (utilizando no tratamento do câncer) como um potencial fator etiológico da depressão.
Dor e depressão são condições que aumentam significativamente o risco de suicídio. No capítulo Comportamento Suicida do Paciente com Dor os autores descrevem os principais aspectos para avaliação e abordagem visando reduzir o risco de suicídio nesses pacientes.
O capítulo Depressão e Dor no Idoso traz contribuições para a realização do diagnóstico da depressão bem como de comprometimentos cognitivos que são essenciais para o tratamento adequado da dor nessa população.
A catastrofização pode dificultar significativamente o tratamento do paciente com dor e depressão. O capítulo Depressão e Dor em Lesados Medulares e o capítulo Depressão e Dor Hematológica além de outros aspectos, trazem fundamentos essenciais para a compreensão e o manejo da catastrofização nesses pacientes.
A personalidade pode interferir de modo significativo no processo de adoecer. Nos capítulos sobre dor facial, cefaleia, lombalgia e fibromialgia o leitor poderá apreciar aspectos relevantes sobre a associação entre personalidade, dor crônica, depressão e essas condições médicas não psiquiátricas.
Em síntese, acreditamos que, ao considerar a peculiaridade da interação entre dor e depressão, levando em conta a condição médica não psiquiátrica associada, o profissional terá uma visão mais acurada de seu paciente. Como consequência, estabelecerá um diagnóstico mais preciso, tanto clínico como da situação como um todo, viabilizando um programa terapêutico mais específico e efetivo. Esperamos que a presente publicação, com enfoque inédito em nosso meio, traga uma preciosa contribuição a todo profissional de saúde preocupado em oferecer a melhor assistência possível ao seu paciente com dor, depressão e uma condição médica não psiquiátrica associada.