Edição: 1ª Edição
Autor: António José Avelãs Nunes
Acabamento: Brochura
ISBN: 9788594773746
Data de Publicação: 01/01/2019
Formato: 23 x 16 x 2 cm
Páginas: 208
Peso: 0.34kg
Sinopse
Uma breve análise histórica europeia comprova que os partidos socialistas e sociais-democratas e seus programas reformistas cingiram-se a proceder reformas graduais na sua estrutura; e nos processos de nacionalização houve-se por bem colocar o setor empresarial do estado ao serviço dos lucros privados. Eis o sucesso do capitalismo europeu do pós-guerra. É imperioso notar, como ressalta o autor, que os partidos da social-democracia europeia abandonaram a sua matriz ideológica originária e, dando as costas ao legado keynesiano, presentificaram a conversão ao neoliberalismo.
Passa-se a adotar políticas de privatização dos serviços públicos, a impor a marginalização dos sindicados, a proceder reformas precarizantes dos mercados de trabalho, flexibilizadoras dos direitos dos trabalhadores e destruidoras dos sistemas de seguridade social. Os tratados da União Europeia seguem o manual do conservadorismo (do neoliberalismo mais radical), deixando à margem qualquer compromisso com o emprego.
Políticas de austeridade, que minam o estado social, seguem os passos dos argumentos falaciosos da insustentabilidade financeira e acarretam o empobrecimento dos povos. Por outro lado, desconsideram constituições e tratados internacionais. A crise estrutural do capitalismo não é nem a crise do neoliberalismo, nem a da deficiência da regulação, tampouco a de costumes que decorre da falta de ética do setor financeiro, ou a do excesso dos mercados: é uma opção política, tomada em tempos de parca legitimidade democrática.
Aldacy Rachid Coutinho
Jacinto Nelson de Miranda Coutinho
SUMÁRIO
PREFÁCIO - (A)OS CAMINHOS DA SOCIAL-DEMOCRACIA EUROPEIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
NOTA PRÉVIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
I - DA SOCIAL-DEMOCRACIA DO INÍCIO DOS ANOS 1970 À ESQUERDA SUPÉRFLUA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
II - AS CRISES DO PETRÓLEO, A CONTRA-REVOLUÇÃO MONETARISTA E O CONSENSO DE WASHINGTON . . . . . . . . . . . 31
III - OS SOCIALISTAS EUROPEUS RENEGAM KEYNES . . . . . . . . . 47
IV - AS RESPONSABILIDADES DA SOCIAL-DEMOCRACIA NO DÉFICE DEMOCRÁTICO DA CONSTRUÇÃO DA ‘EUROPA’: DE ROMA A MAASTRICHT, DA ‘CONSTITUIÇÃO EUROPEIA’ AO TRATADO DE LISBOA E AO TRATADO
ORÇAMENTAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
V - A CONVERSÃO DOS PARTIDOS SOCIALISTAS EUROPEUS AO NEOLIBERALISMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
VI - A SOCIAL-DEMOCRACIA EUROPEIA APOIOU AS POLÍTICAS DE AUSTERIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151
VII - O QUE FAZER COM ESTA ‘EUROPA’? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161
VIII - “O FUTURO NÃO PODE SER UMA CONTINUAÇÃO DO PASSADO” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191
ÍNDICE DE ASSUNTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205