Edição: 1ª Edição
Autor: Rubens R. R. Casara
Acabamento: Brochura
ISBN: 9788594772534
Data de Publicação: 01/01/2018
Formato: 21 x 14 x 2 cm
Páginas: 172
Peso: 0.25kg
Sinopse
Em países como o Brasil, lançados em uma tradição autoritária, com especial destaque para a herança da escravidão e a correlata hierarquização das pessoas, que não conseguiram construir uma cultura democrática, a pós-democracia instalou-se docilmente e de forma ainda mais perversa. Não há, ao contrário do que sustentam os discursos de viés liberal, a diminuição da intervenção estatal na vida da sociedade. Ao contrário, o Estado Pós-Democrático revela-se um Estado forte e, possivelmente, o menos sujeito a controle desde a criação do Estado Moderno. Isso porque uma das principais funções do Estado Pós-Democrático passa a ser a de controlar os indesejáveis, aqueles que não interessam ao projeto neoliberal, seja porque não produzem ou não têm capacidade econômica de consumir, seja por serem adversários políticos do projeto neoliberal, como era o caso de Marielle Franco. No Estado Pós-Democrático, a diferenciação exclusivamente política, já que desaparecem as funções que constituíam o “braço esquerdo” do Estado (tais como as políticas inclusivas e de redução da desigualdade), é a diferenciação entre “amigo” do mercado e “inimigo” do mercado, este último será o indivíduo indesejável sobre o qual recairá o poder penal. Em tempos pós-democrático, os autores procuram identificar as distorções que levaram à pós-democracia, a um Estado sem limites ao poder econômico e a uma sociedade sem lei ou liberdade, em que o cidadão foi transformado em mero consumidor incapaz de reflexão. Mas, não é um livro pessimista. Há também o cuidado de mostrar os caminhos à ressimbolização do mundo e a correlata luta pelo retorno da democracia.
SUMÁRIO
OS AUTORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
APRESENTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
Rubens R R Casara
CARTAS AOS AMIGOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19
Leonardo Tonus
COMPLEXO DE COLOMBO: NOTAS PARA UM PROJETO DE ANÁLISE PSICOPOLÍTICA COLONIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21
Marcia Tiburi
O PATRIMONIALISMO É O PROBLEMA BRASILEIRO? . . . . . . . . .35
Jessé Souza
PÓS-DEMOCRACIA E O ESPETÁCULO MORALISTA DA JUSTIÇA “MESSIÂNICA” . . . . . . . . . . . . .55
Esther SolanoLA VOCACIÓN JURISDICCIONAL DE LA LITERATURA LATINOAMERICANA . . . . . . 69
José Calvo González
VIAGEM NA IRREALIDADE COTIDIANA: O QUE UMBERTO ECO PODE NOS DIZER SOBRE DELAÇÃO PREMIADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .83
Victória-Amália de Barros Carvalho Gozdawa de Sulocki
A PONTA DE LANÇA DA LUTA DE CLASSES . . . . . . . . . . . . . . . . . . .97
Luis Felipe Miguel
PARA QUE POETAS EM TEMPOS DE TERRORISMOS? . . . . . . . .109
Alberto Pucheo
DEMOCRACIA LIBERAL E CAPITALISMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . .115
Susana de Castro
O QUE É LEGÍTIMO? O QUE É JUSTO? E O QUE É PERENE? .121
Fernando Horta
CONCEIÇÃO MORREU . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .133
Simone Dalila Nacif Lopes
MEDIDAS DE EXCEÇÃO COMO NOVO PARADIGMA AUTORITÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .141
Pedro Estevam Serrano
(INS)URGÊNCIAS DEMOCRÁTICAS EM TEMPOS DE FASCISMOS . . . . . . . . . . . . . . . 149
Fernanda Martins
Augusto Jobim do Amaral
OUTRO JUDICIÁRIO É POSSÍVEL: A REINVENÇÃO DEMOCRÁTICA DA JUSTIÇA . . . . . . . . . . . . 159
Gláucia Foley
EMPOBRECIMENTO SUBJETIVO E DOMINAÇÃO . . . . . . . . . . . .169
Rubens Casara