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Acabamento: Brochura
ISBN: 9789724047669
Ano de Publicação: 2012
Formato: 23 x 16 x 1,78 cm
Páginas: 338
Sinopse
"Se
as práticas e as técnicas políticas ligadas à "razão de Estado"
configuram suspensões efetivas – limitadas, embora, no tempo – dos
procedimentos normais do "Estado de direito", em que condições, sob
que circunstâncias, com que justificações e em que termos, podemos hoje admitir
uma legitimidade autónoma do poder político face ao direito e à justiça? Qual,
afinal, o conteúdo político que cifra o conceito hodierno de "razão de
Estado"? Haverá ainda razões objetivas (quais?) que permitam distinguir a
"boa" e "verdadeira" da "má" e "falsa"
"razão de Estado"? E que tipo de "racionalidade" se tem
hoje em mente quando se invoca a "razão de Estado"? Quando o conjunto
do aparelho de Estado e as instituições políticas contemporâneas caem nas mãos
de castas partidárias, quando frequentemente se vêem substituídas nas suas
funções pela demagogia populista dos media, o que se pode esperar da invocação
da "razão de Estado" senão uma flagrante e insidiosa substituição do
interesse público pelo interesse privado – definição propriamente política de
corrupção? Onde quer que os servidores públicos do Estado se transformem em
donos privados do Estado, contrariando o nexo democrático entre o princípio de
representação e a publicidade do poder, intervém uma "razão de Estado"
que já não pode ser classificada senão como "razão de Estábulo""
- Baltasar Gracián
Etiquetas: política, ciência política, teoria política, Estado de direito, constituição
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