Edição: 1ª Edição
Autor: Edgar Lee Masters | Ivan Justen Santana (Tradutor)
Acabamento: Brochura
ISBN: 9786553610583
Data de Publicação: 30/05/2022
Formato: 21 x 15 x 2 cm
Páginas: 260
Peso: 0.2kg
Sinopse
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Edgar Lee Masters é um desconhecido no Brasil, claro que isso não é algo exclusivo desse poeta, há tantos outros desconhecidos por vários motivos, o principal, talvez, a falta de uma tradução. O livro Antologia de Rio Spoon foi publicado em 1915, apesar de ser um clássico da literatura mundial, já traduzido para vários idiomas, recebe sua primeira tradução integral por aqui, e não poderia ter um melhor tradutor senão Ivan Justen Santana, alguém que se preocupa muito com a linguagem poética. Lembro aqui apenas da tradução do poema “The Hill”, pelo grande Jorge de Lima.
Traz perfis poéticos de personagens baseados em pessoas reais de duas pequenas cidades do Estado de Illinois, Petersburg e Lewistown, que Edgar ficcionalizou como “Spoon River”. Epitáfios, confissões, pequenos poemas prosaicos que retratam pessoas comuns, juízes, políticos, amantes, assassinos, malandros, suicidas, trabalhadores, crianças e jovens, como pinturas poéticas a partir de várias perspectivas no tempo e espaço de uma vida provinciana, mas que não é nem um pouco enfadonha ou bucólica, elas adquirem vida quando são eternizadas pela voz poética simulada de Edgar. Cada morto revive e nos conta algo que em vida não conseguiu falar, nesse sentido, os discursos emulam desejos, confissões, críticas, saudades, arrependimentos, ressentimentos, frustrações, medos, ódios, sonhos que ficaram suspensos pela morte, mortes trágicas ou banais. Todos esses sentimentos parecem aflorar como se o leitor estivesse passeando por um cemitério ouvindo os lamentos desses mortos, muitas vezes, histórias cruzadas bastante cruéis dos fatos ocorridos, desvelando segredos.
Lembra o que T S Eliot viria fazer depois na sua verve poética.
Claudecir de Oliveira Rocha
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E você que vagueia por essas sepulturas
Pensa que conhece a vida.
Pensa que seu olho dá conta de um vasto horizonte, talvez,
Na verdade, você vê apenas o interior do seu barril.
Você não consegue se erguer até a borda
E ver o mundo exterior das coisas,
E ao mesmo tempo ver a si mesmo.
Você está submerso no barril de si mesmo—
Tabus e regras e aparências,
São as tábuas do seu barril.
Griffy, o Tanoeiro
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