Edição: 2ª Edição
Autor: Marcelo Semer
Acabamento: Brochura
ISBN: 9786559080021
Data de Publicação: 01/12/2020
Formato: 23 x 16 x 2 cm
Páginas: 358
Peso: 0.458kg
Sinopse
Marcelo Semer é um dos grandes juízes do Brasil.
É muito difícil adjetivar deste modo, mesmo porque é da complexidade que sai um adjetivo assim, mas, no caso, há de se fazer um esboço do complexo para se ter uma aproximação e, com ela, tentar comparações produtivas e incentivos necessários. Ora, em geral quando isso se fala de um juiz diz-se que ele: 1. Sabe muito (o que não é tudo) Direito e campos afins; 2. Sabe muito sobre as matérias específicas com as quais trabalha, no caso aquelas do campo criminal; 3. Não para de estudar, o que é distinto de estudar os casos concretos; 4. Aplica irrestritamente a Constituição e demais leis como sua primeira fonte, dado estar em um sistema de Civil Law; 5. Decide por princípio, como il piccolo giudice, de Leonardo Sciascia;
Marcelo Semer é um dos grandes juízes do Brasil.
É muito difícil adjetivar deste modo, mesmo porque é da complexidade que sai um adjetivo assim, mas, no caso, há de se fazer um esboço do complexo para se ter uma aproximação e, com ela, tentar comparações produtivas e incentivos necessários. Ora, em geral quando isso se fala de um juiz diz-se que ele: 1. Sabe muito (o que não é tudo) Direito e campos afins; 2. Sabe muito sobre as matérias específicas com as quais trabalha, no caso aquelas do campo criminal; 3. Não para de estudar, o que é distinto de estudar os casos concretos; 4. Aplica irrestritamente a Constituição e demais leis como sua primeira fonte, dado estar em um sistema de Civil Law; 5. Decide por princípio, como il piccolo giudice, de Leonardo Sciascia;
6. Como lugar de referência, não usa do poder jurisdicional que tem para resolver seus problemas subjetivos pessoais; 7. Com bastante domínio da situação externa e interna, não tem medo de interagir de modo cordato com os demais sujeitos da Justiça, sobretudo servidores, advogados e partes, embora fosse necessário pensar em outros, sobretudo os "superiores"; 8. Ciente da sua estrutura que estampa, sempre, algo que falta, tem humildade para reconhecer seus eventuais erros e defeitos, apesar do poder que detém; 9. Não se ilude com o elogio fácil, mas não deixa de se motivar pelo reconhecimento sincero fundado em fatos; 10. Constrói uma reputação por aquilo que é, e não pelo que dizem que é...
Nada disso ou nenhuma destas características é absoluta e, no entanto, todos sabem quais são e reconhecem... os grandes juízes; e têm orgulho deles. Têm presente, como lugar de referência, a sua importância; e a razão por que servem de modelo.
Jacinto Nelson de Miranda Coutinho
SUMÁRIO
ÍNDICE DE TABELAS............................................................................25
INTRODUÇÃO........................................................................................27
CAPÍTULO 1 - O GRANDE ENCARCERAMENTO..............................31
1.1. LOÏC WACQUANT E A ONDA PUNITIVA – A PERSPECTIVA SÓCIO-ECONÔMICA............................................39
1.2. DAVID GARLAND E A CULTURA DO CONTROLE –A PERSPECTIVA CULTURALISTA.......................................................44
1.3. JONATHAN SIMON E O GOVERNO ATRAVÉS DO CRIME – A PERSPECTIVA INSTITUCIONAL........................................................45
1.4. MICHELLE ALEXANDER E O NOVO JIM CROW – A PERSPECTIVA RACIAL......................................................................48
1.5. STUART HALL E O POLICIAMENTO DE CRISE – A EXPLICAÇÃO MARXISTA.................................................................50
CAPÍTULO 2 - DISTÂNCIAS E APROXIMAÇÕES (OS MODELOS E O ENCARCERAMENTO BRASILEIRO)....................................................55
2.1. A TRANSLAÇÃO DOS MODELOS...............................................55
2.2. OS MODELOS E A REALIDADE BRASILEIRA...........................58
2.3. CONVIVÊNCIA E INFORMALIDADE.........................................65
2.4. O FATOR JUIZ.................................................................................70
CAPÍTULO 3 - PÂNICO MORAL E POPULISMO PENAL...................73
3.1. STANLEY COHEN, O PROCESSO................................................74
3.2. GOODE E BEN-YEHUDA: OS REQUISITOS..............................80
3.3. HALL: A QUESTÃO DA IDEOLOGIA..........................................84
3.4. PÂNICO MORAL: CRÍTICAS E AJUSTES....................................86
3.5. PÂNICO MORAL: CASUÍSTICA...................................................90
3.5.1. Pânico moral e as drogas...............................................................93
3.6. PÂNICO MORAL NO BRASIL: CASUÍSTICA..............................98
3.6.1. Pânico moral e drogas no Brasil...................................................104
3.7. POPULISMO PENAL....................................................................11
CAPÍTULO 4 - ESTADOS DE NEGAÇÃO E LEGADO AUTORITÁRIO. 119
4.1. AS FORMAS DE NEGAÇÃO........................................................120
4.2. AS ATROCIDADES........................................................................121
4.3. OS ATORES DA NEGAÇÃO.........................................................127
4.4. SENTIDOS E MECANISMOS DA NEGAÇÃO..........................132
4.5. O LEGADO AUTORITÁRIO........................................................135
4.6. REFLEXOS NO SISTEMA PENAL...............................................139
CAPÍTULO 5 - SENTENCIANDO TRÁFICO (PESQUISA DE CAMPO) 151
5.1. AS SENTENÇAS.............................................................................152
5.2. A METODOLOGIA.......................................................................153